Biografia

Gérri Rodrian (Osasco, 26 de outubro de 1974) é o pseudônimo de Gerrinson Rodrigues de Andrade, escritor e compositor brasileiro. É servidor público federal desde 1999, tendo trabalhado em áreas de educação, multimídia e tecnologia, e é bacharel em Letras pela Universidade de São Paulo. 

Grande parte de sua obra ainda se mantém inédita. Em 2020, começou a realizar minucioso levantamento que recuperou e organizou sua obra e iniciou o projeto pessoal "Obras Completas", que visa publicar e divulgar sua literatura e suas músicas, criadas em mais de trinta anos de produção. 

Em fevereiro de 2024, iniciou uma primeira leva de publicações, com "A Primeira Vez Que Ouvi Latim", texto escrito no outono de 2002, na Amazon;  drama realista "Nada a fazer depois de um bom jantar", de 2005; o drama absurdo "O Homem Que Ouvia Tom Zé", iniciado em 2006;  o livro de crônicas "Orra, é Mengo!", de 2017; o romance fantástico "Fenices: uma fantasia sobre a morte", de 2007; a peça infanto-juvenil "Baco Sumiu", de 2003; a adaptação para teatro "O Cortiço de Aluísio de Azevedo", de 2009; "Oh Belíssima Rainha", comédia de romântica de 2002; ainda, o drama lírico "Quarto 43", de 2004, e o drama alegórico "Plenilúnio e Orgia". Em fevereiro, ainda, em streaming, lançou o álbum Torto, que trouxe canções compostas no outono de 1992, todas produzidas em home studio.

Biografia

Anos 70

Gérri Rodrian nasceu num sábado de manhã e sofreu no parto, por fórceps, o que lhe marcou a vida, deixando-lhe com cacoetes e a ansiedade que marcará sua criação para sempre. Teve um infância humilde e complexa, numa área de grande violência e desigualdade. Filho de um protético destário e de uma dona de casa, o garoto interlectual branco cresceu na periferia da cidade, na zona sul de Osasco. Fez todo seu ensino em escola pública — no CENEART, importante escola estadual do centro da cidade. 

Anos 80

Por volta de sete anos, já inventava canções, programas de televisão e super-heróis. Começou a escrever poesia aos trezes anos e chegou a elaborar roteiros para filmes de ficção científica. Depois de dois anos, após ter conseguido alguma base no violão, compôs e escreveu seu primeiro álbum musical, "Planetas Vivos", em 1990. 

Anos 90

No ano seguinte, começou a estudar teatro e fez sua estreia em jogral feito em homenagem ao compositor Cesar Antonio Salvi, falecido em direção de Inácio Gurgel. Ainda, aos dezesseis anos, compôs um novo álbum, "O Trapezista" (1991). Ao final do ano, atuou no tradicional musical Natal de Esquina, de Nereu de Castro Teixeira, também dirigido por Inácio Gurgel, em apresentações no Espaço Cultural Grande Othelo

No verão de 1991/1922, compôs outro álbum, "O astronauta". Em seguida, montou o grupo de teatro Cabaré, que se reunia no CENEART, escola da região central de Osasco, que reunia jovens intelectuais da cidade, entre atores, desenhistas e músicos. Entre eles, Luiz Carlos Checcia. Em meados de 1992, compôs e escreveu "Torto". No segundo semestre, outro álbum foi escrito, que recebeu o nome "Cabaré". Por alguns anos, "Torto" e "Cabaré" foram registrados como o lado a e o lado b de uma álbum duplo chamado geralmente de "O giramundo". Em 1993, último ano de colégio, compôs e escreveu o álbum "Enamorofobia". 

Em 1994, trabalhou ao lado dos atores Toninho Rodrigues e Dario Bendas, sob direção de Nivaldo Santana, no espetáculo "Meu tio o Iauaretê", texto de Guimarães Rosa. Ainda em 1994, compôs seu sexto álbum, "Tosco", e teve novo grupo de teatro, "Evoé", que reuniu, entre outros, o diretor de teatro David Rock, o ilustrador e poeta Alessandro Romio e o cenógrafo Fábio Jerônimo. 

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Em 1995, fez um semestre de Letras na Fundação Instituto para o Ensino de Osasco e trabalhou como professor na escola estadual Quintino Bocaiúva, na periferia de Osasco, como professor substituto de inglês. Em 1995, finalizou a composição de seu sétimo álbum, "O folião", que representou uma mudança em seu estilo de composição e trouxe uma de suas principais músicas: Samba n.º 6. 

Em 1996, foi funcionário do IBGE por todo o ano, para a realização do Censo daquele ano. Escreveu um primeiro exercício de crônicas, Crônicas para revista de mulher pelada", e a primeira tentativa de drama para teatro, "Hans Staden: as mulheres exalam champanha" que foi reescrito por volta de 2017. Neste ano, outro álbum musical foi escrito, "Canções Populares". 

Em 1997, estou teatro na escola de artes paulista, Recriarte, e escreveu seu primeiro monólogo "O vizinho bebe vinho", reescrito em 2016. Ainda, dirigiu a peça "Fabulosas Separações", com apresentações na sala de teatro da Fundação Instituto de ensino para Osasco, com elenco formado por estudantes de direito e atores da cidade, como David Rock. Em 1997, compôs as músicas do álbum "Versos e Canções para Noites Brancas". Neste ano tentou pela primeira vez realizar gravações algumas músicas, sem sucesso.

Em 1998, finalizou o álbum "Os sapos". Ainda em 1998, escreveu a novela "Chaves perdidas". Neste trabalhou na conhecida videolocadora paulista 2001 e, nas madrugadas, como atendende em serviços de exoterismo, num empreendimento da notória Mãe Dinah.

Em 1999, começou a cursar Letras, na FFLCH - USP, onde desenvolveu a sua já antiga paixão pelo Latim e, também neste ano, se tornou servidor público da Justiça Federal de Primeiro Grau em São Paulo. 

Anos 2000

Em 2001, escreveu as canções de "Amarelo". e escreveu "Plenilúnio e Orgia" (2001).

Em 2002, escreveu "A primeira vez que ouvi latim"  e a primeira versão de "Oh Belíssima Rainha!". Ainda em 2002, escreveu o álbum "Dianae".

Em 2003, compôs o álbum "Fumaça nos Olhos" e escreveu a peça infantil "Baco Sumiu". 

Em 2004, entre outras atividades, escreveu "Quarto 43", "A bailarina" e "Índice Koechel". Ainda, escreveu "Em outubro, flores!", que marcou sua volta aos palcos, em outro musical, sob direção de David Rock, atuando ao lado de Juliana Mesquita e Kiko Pissolato. Por fim, com parte das músicas do musical "Em outubro, flores!", entres outras canções inéditas, compôs o álbum "O escorpião", aquele que Rodrian considera seu melhor trabalho musical.

Em 2005, compôs o álbum "O velho" e escreveu "Nada a fazer depois de um bom jantar", além de alguns roteiros que ainda não foram desenvolvidos.

Em 2006, iniciou a primeira versão de "O Homem Que Ouvia Tom Zé", escreveu o romance "Fenices: uma fantasia sobre a morte", e passou a escrever no blog "A Revista: a vida é pura bosta enfeitada de açucar". 

Em 2007, desenvolveu o romance "Aiana tem gosto de uva" que começara a ser escrito em 2005 como texto para teatro. Deste ano também é "Fauno enjaulado e a Canção dos Siameses", que começou a ser escrito como romance, mas acabou sendo reescrito como drama para teatro e está em desenvolvimento. Em 2007, compôs as canções de "Van Gogh". 

Em 2008, "Quarto 43" foi montada pela Cia Nutea de Teatro, sob direção de David Rock e com Luana Nunes e Marjorie Belanno no elenco. Neste mesmo ano, casou-se com a artista plástica Fernanda Ferreira. 

Em 2009, escreveu a adaptação "O Cortiço de Aluísio de Azevedo por Gérri Rodrian", trazendo o famoso romance realista para o palco, que esteve em cartaz sob direção de David Rock, com grande elenco. Gérri Rodrian também compôs a trilha sonora do espetáculo, em seus primeiros estudos como produção musical e mixagem. Ainda, ao final de 2009, Gérri Rodrian compôs seu último álbum musical, "Os lobos". 

Anos 2010

Em 2011, teve sua primeira filha, Olívia. Colaborou como cronista no site Mundo Rubro-Negro, entre 2015 e 2016. 

Em 2017, 

Anos 2020

Em 2021, produziu e mixou "Obras Completas: volume 1", trazendo versões demo e/ou home studio para suas 33 primeiras canções, compostas entre 1900 e 1991. 

Em 2023, escreveu "A convenção" e "Teatro da mediocridade". 

Em fevereiro de 2024, lança o quarto álbum — composto em 1992, "Torto", e publica A Primeira Vez Que Ouvi Latim, iniciando uma série de publicações que ocorrerão pelo ano.

Obras publicadas

Obras Completas: volume 1 (2021), álbum musical
Torto (2024), álbum musical

A Primeira Vez Que Ouvi Latim
Nada a fazer depois de um bom jantar
O Homem Que Ouvia Tom Zé
Orra, é Mengo!
Fenices: uma fantasia sobre a morte
Baco Sumiu
O Cortiço de Aluísio de Azevedo
Oh Belíssima Rainha

Principais obras ainda inéditas

Planetas Vivos (1990) , álbum musical
O trapezista (1991) , álbum musical
O astronauta (1991) , álbum musical
Torto (1992) , álbum musical
Cabaré (1992) , álbum musical
Enamorofobia (1993), álbum musical
Tosco (1994) , álbum musical
O folião (1995) , álbum musical
Canções Populares (1996) , álbum musical
Versos e Canções para Noites Brancas (1997) , álbum musical
Os sapos (1998) , álbum musical
Amarelo (2001) , álbum musical
Plenilínio e Orgia (2001), texto para teatro
A Primeira vez que ouvi latim (2002), texto para teatro
Oh Belissima Rainha (2002), texto para teatro
Dianae (2002) , álbum musical
Baco sumuiu (2003), texto para teatro
Fumaça nos Olhos (2003) , álbum musical
Quarto 43 (2004), texto para teatro
Em outubro, flores! (2004), texto para teatro
O escorpião (2004) , álbum musical
A bailarina (2004), texto para teatro
Índice Koechel (2004), texto para teatro
Nada a fazer depois de um bom jantar (2005), texto para teatro
O velho (2005) , álbum musical
O homem que ouvia Tom Zé (2006), texto para teatro
Fenices (2006), romance
Van Gogh (2007) , álbum musical
Aiana tem gosto de uva (2007), romance
O Cortiço de Aluísio de Azevedo por Gérri Rodrian (2009)
Os lobos (2009) , álbum musical
O vizinho bebe vinho (2016), texto para teatro
Hans Staden: as mulheres exalam champanha (2017), texto para teatro
Teatro da Mediocridade (2022), texto para teatro
A Convenção (2023), texto para teatro